12-14,
Casa Corvo
A actual casa é o somatório de três habitações unifamiliares.
A parte nascente, que apresentava uma estrutura funcional já consolidada, tinha uma relação tímida com o sol e o jardim. Quando decidimos habitar a casa pressentimos que teríamos de abri-la para essa direcção. Adquirimos as habitações adjacentes com esse propósito. Essas casas eram o resultado de um somatório de espaços insalubres e desquali cados. Procedemos a demolições cirúrgicas, abrimos passagens entre as casas, num estranho movimento circular.
Na actual sala substituímos lajes de cobertura e de pavimento e demolimos a parede que a separava em duas.
A sala abriu-se para a serra e o jardim ao qual se acede por uma varanda. Na cave rebaixámos o piso das lojas, para permitir aí instalar parte do atelier, mantendo a ligação à parte nascente da casa onde já se encontrava. Abrimos os vãos existentes para permitir ir buscar luz ao jardim, a sul.
A oficina situa-se no limite oposto do jardim e resultou do levantamento de paredes em ruína de uma anexo agrícola, uma única divisão, com duas fenestrações e um armário corrido que ocupa a totalidade da parede nascente. As paredes de alvenaria de pedra rolada com argamassas pobres e rebocados de saibro. Entre a oficina e o atelier situa-se a mesa de trabalho exterior, peça essencial de ligação entre os dois espaços.
A casa, o jardim e o atelier do Corvo são o nosso laboratório de experimentação. Como tal, nunca conseguiremos fechar um espaço, uma divisão...
Autor(es)
Carlos Antunes e Désirée Pedro
Colaborador(es)
Carlos Silva, Cátia Marques, Hugo Correia, José Oliveira, Pedro Martins e Tânia Ventura
Especialidades
ECA – Eugénio Cunha & Associados, Lda
Encomenda
Privada – adjudicação directa
Ano de conclusão
2014
Área geográfica
Miranda do Corvo