00-02,
Casa na Quinta da Marinha
Esta casa em Cascais, foi desenhada na mesma altura de uma outra em Azeitão.
O problema de desenhar uma casa, é percebermos a identidade, quer do cliente, quer do sítio, para podermos inventar um “heterónimo”.
A nossa capacidade de nos repetir, depende da nossa disposição na altura, e da personalidade do “lugar”.
Na altura, na construção da casa de Tavira, interessei-me por portas e janelas, o que, por inibição, durante 25 anos nunca fiz.
Duas casas no Sul, duas linguagens diferentes a ensaiar:
A da Arrábida apresenta uma topografia muito forte, com portas e janelas para uma serra recortada, com episódios que era preciso fixar, registar.
Em Cascais, na Guia, um mar imenso horizontal, o Atlântico, que não podia ser registado, porque não se consegue “apanhar” um oceano – sempre diferente, sempre igual.
Então aí abrimos um olhar neutro, abrimos os vãos, desenhamos com positivos e negativos.
Os materiais e as cores são “todos diferentes, todos iguais – cinzentos”.
Os cinzentos vão variando de fora para dentro até acabar no branco da cave.
Os cinzas do Azulino de Cascais, o brilho mate dos alumínios, do inox decapado com jacto de areia, esperam que o Poente os retire da sua condição de “cinzento”.
Quando entra a cor, ou a não cor - o branco, como num quadro do Remy Zaug, então saímos, deixamos amigos, e entra o fotógrafo, também amigo, para fixar um outro “olhar”, o de fora.
O problema de desenhar uma casa, é percebermos a identidade, quer do cliente, quer do sítio, para podermos inventar um “heterónimo”.
A nossa capacidade de nos repetir, depende da nossa disposição na altura, e da personalidade do “lugar”.
Na altura, na construção da casa de Tavira, interessei-me por portas e janelas, o que, por inibição, durante 25 anos nunca fiz.
Duas casas no Sul, duas linguagens diferentes a ensaiar:
A da Arrábida apresenta uma topografia muito forte, com portas e janelas para uma serra recortada, com episódios que era preciso fixar, registar.
Em Cascais, na Guia, um mar imenso horizontal, o Atlântico, que não podia ser registado, porque não se consegue “apanhar” um oceano – sempre diferente, sempre igual.
Então aí abrimos um olhar neutro, abrimos os vãos, desenhamos com positivos e negativos.
Os materiais e as cores são “todos diferentes, todos iguais – cinzentos”.
Os cinzentos vão variando de fora para dentro até acabar no branco da cave.
Os cinzas do Azulino de Cascais, o brilho mate dos alumínios, do inox decapado com jacto de areia, esperam que o Poente os retire da sua condição de “cinzento”.
Quando entra a cor, ou a não cor - o branco, como num quadro do Remy Zaug, então saímos, deixamos amigos, e entra o fotógrafo, também amigo, para fixar um outro “olhar”, o de fora.
Autor(es)
Eduardo Souto de Moura
Colaborador(es)
Nuno Graça Moura, Camilo Rebelo e José Carlos Mariano
Especialidades
Estruturas
AFA - Adão da Fonseca & Associados
Electricidade
Rodrigues Gomes & Associados
Instalações Mecânicas
Rodrigues Gomes & Associados
Encomenda
Eng. Luís Valadas Fernandes
Ano de conclusão
2002
Área geográfica
Cascais
Eduardo Souto de Moura
Colaborador(es)
Nuno Graça Moura, Camilo Rebelo e José Carlos Mariano
Especialidades
Estruturas
AFA - Adão da Fonseca & Associados
Electricidade
Rodrigues Gomes & Associados
Instalações Mecânicas
Rodrigues Gomes & Associados
Encomenda
Eng. Luís Valadas Fernandes
Ano de conclusão
2002
Área geográfica
Cascais