Habitar PortugalHP

Na periferia desqualificada a norte de Lisboa, uma antiga “lixeira”, agora aterro, é transformada em parque “urbano” (designação utilizada pelos SMAS de Loures).
A reconversão deste vasto território (24Ha) que visou as vertentes ambientalistas e paisagísticas, tinha como âncora, um conjunto de actividades desportivas e culturais para as quais houve necessidade de construir três edifícios:
- Centro de Educação Ambiental – laboratório da natureza
- Balneários/ Sanitários de apoio às actividades desportivas e visitantes
- Bloco para a Equipa de Gestão do Parque.
Os projectos encarando novo contexto e uma nova tipologia, libertos dos rigores semiológicos, limitaram-se a propor velhas formas e organizar os velhos sinais para novos usos.

Centro de Educação Ambiental
A presente proposta fundamenta-se na polivalência dos espaços e da estreita relação que estabelece com os espaços exteriores adjacentes. A estrutura espacial, que se desenvolve numa área bruta de 410 m2, consiste numa zona de Atendimento e Bengaleiro, Anfiteatro Ludoteca, área Oficinal, Laboratório, Centro de recursos, instalações sanitárias e uma Cafetaria com esplanada.

Balneário/Sanitários
Os Balneários/Sanitários tratam-se de uma construção simples, cujo acesso é feito através de um pátio descoberto, opção que resulta da proximidade do parque de estacionamento. A área bruta de construção é de 103 m2.

Edifício da equipa de gestão do parque
O programa, que se desenvolve numa área bruta aproximada de 374 m2, consiste num conjunto de gabinetes para os diversos serviços (administrativos e de gestão do parque) e arrumos, e uma área social com cafetaria, sala de refeições apoiada por uma cozinha e por instalações sanitárias. Como espaços adicionais temos os arrumos gerais e os de apoio à cozinha e uma central técnica. A solução proposta assenta na criação de um volume de betão branco aparente, de grande protagonismo formal, e que corresponde ao bloco administrativo. A restante edificação, que se encontra diluída pelo terreno, é totalmente revestida por tijolo de produção artesanal. Na articulação entre o volume central e os panos de alvenaria, propôs-se uma superfície de vidro que corresponde à entrada e espaço de acolhimento.