Habitar PortugalHP

A sede da Lógica em Moura localiza-se no futuro Parque Industrial, um lugar que não existe, cabendo ao edifício a de nição da primeira relação com o montado e olival envolventes. Os pressupostos de índole técnica (um edifício com consumo e emissões zero), as contingências topográficas e paisagísticas e ainda a vontade de construir a frente da rua desenharam um edifício cujo volume enfatiza a sua estrutura formal. A sua forma singular nasce da sua contradição e desejo de, por um lado, pretender delimitar claramente o arruamento (a nordeste) e de, por outro, procurar orientar-se a sul para captar o sol. A variação altimétrica do seu volume reflecte as necessidades dos diferentes espaços interiores, átrio, circulação, gabinetes e laboratórios (para certificação de painéis solares). Do lado do arruamento, a variação dos planos dos volumes define um conjunto de tanques ajardinados que reforçam a leitura dos mesmos, do lado sul essa mesma variação de ne um único tanque preenchido com pedra de calcário branco, de modo a reflectir a luz e a incidência solar sobre os painéis fotovoltaicos que revestem as fachadas, maximizando a e ciência dos painéis. O volume do edifício é decomposto em dois níveis, por um rasgo contínuo que envolve todo o seu perímetro, permitindo a iluminação natural, quer dos espaços de trabalho quer das zonas de circulação. No caso das últimas, através de um rasgo ao nível do olhar, permitindo que quem circula visualize o montado e os olivais envolventes.