Edifício Viriato II

No edifício Viriato II, para revigorar o sítio, evitei a linguagem industrial e fiz um edifício Maneirista (uma fachada com espessura) num desenho cheio de composição, falsas simetrias e vãos hierarquizados.

Agora, ao criar um acrescento, valorizei a expressão daquilo que representa e contém – uma linha de montagem que estende a fábrica original: o novo Viriato tem a expressão mais fria mas não menos plástica da modulação e, ao opaco Viriato i, complementa a transparência dos vidros e a vibração das chapas metálicas que reflectem e revelam os sistemas que ordenam a rotina da sua eficácia: a fábrica, o armazém, a cantina, os ateliers, o showroom, a sala de congressos.

A linearidade da sua geometria torna-o um edifício para se ver ao longe, a passar na auto-estrada. Ao aproximarmo-nos, o vidro revela a sua funcional dinâmica.