Habitar PortugalHP

O termalismo português viveu um período de grande desenvolvimento durante a primeira metade do século XX, associando-se o seu posterior declínio com a criação do Serviço Nacional de Saúde. Nos últimos anos verificou-se, no entanto, que as qualidades clínicas e o potencial de bem-estar associado às práticas termais são evidentes, constatando-se também que para além do seu potencial clínico, a sua valorização poderá ser determinante no desenvolvimento turístico destas regiões, nomeadamente como motor de uma reabilitação urbana e social das localidades, que detêm já uma tradição consolidada neste sector e um conjunto de nascentes de águas termais com características físico-químicas de grande qualidade, referenciadas internacionalmente. Tendo como principal objetivo e missão a promoção e o renascimento do funcionamento do termalismo na vila de Vidago, procedeu-se a um conjunto de intervenções de forma articulada, estabelecendo-se uma estratégia de desenho urbano regeneradora, compatibilizando projetos de promoção pública com projetos privados, destacando-se aqui a intervenção no principal hotel da região, o Vidago Palace, desenvolvida pelo arquiteto Álvaro Siza. Assim a proposta tem como área de intervenção um conjunto de ruas existentes no entorno ao Vidago Palace e a área integrante da antiga estação de comboios de Vidago (desativada) e procura garantir o acesso de todos os cidadãos aos tratamentos e benefícios do termalismo de Vidago, que poderia estar comprometido pelo facto do Vidago Palace estar vocacionado apenas para turistas de classes sociais privilegiadas.