Habitar PortugalHP

Inspirado nas formas dinâmicas dos anos 1960-1970, das hiperbolóides em betão, fez-se um desenho de uma estrutura hiperbólica em madeira, demonstrando assim a e cácia e capacidade deste material de entrar no vocabulário contemporâneo sem os pretensos enganos culturistas ou miméticos. Um exercício geométrico que cruza e combina o rigor e a precisão da madeira com a sua parte ‘emocional’ e humana. A cobertura é o elemento que dá vida ao edifício e através dela se faz a ponte entre o existente, o contemporâneo e o tradicional. Esta nova estrutura foca-se sobretudo num conforto sensorial, tanto na esplanada como no espaço lounge, procurando estabelecer uma intensa relação com a envolvente próxima, especialmente com a árvore que se localiza ao seu lado.
A relação com a piscina, por razões estéticas de continuidade dos espaços exteriores, é feita através de uma laje em betão. Uma solução atípica de cabos em pré-esforço foi elaborada em conjunto com a engenharia, a m de criar uma varanda em consola de seis metros sobre a piscina. Este balançar, em conjunto com a cobertura hiperbolóide, pretende que o edifício seja aberto tanto no tempo como no espaço, mas principalmente que se perca a noção de limite entre interior e exterior. O maior objectivo do projecto é esta harmonia com o contexto e a envolvente, ao apostar numa revitalização delicada do edifício existente mas atribuindo-lhe uma nova prótese, uma extensão, dando-lhe um novo significado e reabilitando-o verdadeiramente.