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Quando a construção do Metro acontece em Nápoles, a escavação é ela própria um projeto, um projeto em evolução, ao ritmo da realização da pesquisa arqueológica. A Estação e a Praça do Município convivem em toda a sua extensão com as ruínas da antiga muralha da época “Angionina” do Castel Nuovo e outras construções de épocas mais antigas, em camadas sucessivas de História. A existência dessas ruínas é elemento condutor do projeto e parte integrante e estrutural da estação e da praça: os muros arqueológicos são paredes fundamentais na estrutura, configuração e qualificação dos espaços interiores e exteriores da estação. A escavação arqueológica e sua hierarquização quanto ao valor dos elementos mais interessantes e fundamentais a recuperar, assim como os desvios da rede de infraestruturas e conveniências de acessos, obrigaram sucessivamente à redefinição do desenho urbano. A construção do Metropolitano constitui de facto fundamento de uma profunda transformação urbana. Essa transformação envolve a definição de um contínuo espacial Praça do Município-Gare Marítima. Este eixo urbano nascente-poente é reforçado pela utilização do mesmo material de pavimento em toda a praça e pela implantação de dois alinhamentos contínuos de árvores (Quercus) que se estendem da fonte Neptuno até ao Porto. Ao longo da História e conforme uma abundante iconogra a confirma, esse contínuo visual, dominado pela colina e Castel Sant’Elmo, é elemento fundamental na geografia de Nápoles. Mantê-lo é objetivo deste projeto.