Recuperação da Casa da Granja

A Casa da Granja localiza-se numa encosta sobre o Tâmega, em posição cimeira, dominando a quinta que se desenvolve em socalcos até à margem do rio, próxima da cidade de Amarante.
Tratava-se de recuperar o conjunto da casa, capela e anexos agrícolas e área verde envolvente, cuja origem remonta ao século xvii, sucessivamente alterada e ampliada até ao início do século xx, altura em que sofreu grandes obras de remodelação pelo seu então proprietário José Emídio de Souza Cardoso, concluídas em 1915, que a destinavam a habitação de seu lho Amadeu de Souza Cardoso.
Entretanto, abandonada há anos, com o telhado em ruína, encontrava-se todo o conjunto em avançado estado de degradação.
A proposta visa dar resposta ao programa de criação de uma extensão do Museu Municipal de Amarante, destinado a actividades culturais a desenvolver com as escolas do Concelho, no piso baixo, e a manutenção de habitação da família no piso superior.
Levantamento com desenhos elementares, porque se sabia que o projecto iria ser desenhado em obra.
Assim foi, desde a recuperação de estruturas de madeira dos pisos e cobertura, soalhos, carpintarias interiores e caixilharias exteriores, paredes de granito e taipa, rebocos de saibro, estuques em tectos, pinturas a cal ou tintas de óleo.
Apenas alguma novidade nos isolamentos térmicos e redes de instalações.
Quatro anos depois, a Casa da Granja descobriu uma nova forma de ser vivida.
Moderna, com conforto, com as feridas do passado apagadas. Sem marcas.