12-14,
RENOVA Loja & Teatro
Pensámos o projecto como uma máquina, como uma Máquina de Captar Tempo. Vontade de captar o tempo e o seu discorrer. Um discorrer de tempo e luz que permita afirmar: a arquitectura capta tempo, a arquitectura captura o discorrer do tempo.
Como é possível que matérias tão pouco densas, como o ar e a luz, consigam captar o tempo dentro de um espaço? Será o tempo passível de ser capturado através da Arquitectura? Estas questões dividem-se em três níveis de resposta: Corte, Superfície e Perfuração.
O corte verifica-se nos seccionamentos efectuados na nave industrial preexistente, resultando dessa acção a transparência nas extremidades do espaço.
A superfície confere continuidade e expressão antagónica, demarcando com precisão os limites entre interior e exterior. Demarcação efectuada através da matéria e da sua expressão própria. Superfície exterior construída e caracterizada pela expressão natural do aço, por oposição à superfície interior caracterizada pela cor.
O uso contínuo de uma mesma cor e de uma mesma matéria atribui ao projecto elevado nível de abstracção.
A perfuração sobre a superfície varia apenas na sua escala e orientação, consoante a qualificação pretendida nos espaços.
Procurámos, através da arquitectura e desta máquina do tempo, construir espaços em que as pessoas pudessem experimentar a leveza e densidade do tempo e das suas diferentes temporalidades.
Paulo Henrique Durão
Colaborador(es)
Daniel Gil Tomé, Inês Belmarço, Inês Sá, João Ricardo Dias, Raul Serra e Tânia Figueiredo Dias
Especialidades
Estruturas
Pedro Fragoso Viegas
Infraestruturas técnicas
João Luis Pratas
Encomenda
Privada - Adjudicação directa
Ano de conclusão
2013
Área geográfica
Torres Novas