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A atual Avenida é um espaço “canal” assimétrico sem ser uma marginal. E assimétrico se manterá até ao longínquo dia do enterramento da linha de comboio. Também não é uma marginal claramente aberta para a água e adivinha-se que, com o regrar das perspetivas sobre o rio consequência do desenvolvimento das áreas do porto de Lisboa para usufruto da cidade, se perca a sensação existente de véu mais ou menos opaco para lá da linha do comboio. E quanto menos marginal mais assimétrico será o espaço “canal” da Avenida. Conclui-se fundamental a criação de uma forte unidade, proposta através da “espessura” da estrutura verde, nomeadamente do coberto arbóreo e arbustivo, que de uma forma constante em toda a largura da Avenida, “ocupará” o seu espaço “canal”, anulando a referida assimetria. Os principais objectivos da Intervenção são:
- Devolver a Avenida às pessoas, aumentando significativamente as áreas pedonais de passeio e estadia com um significativo coberto arbóreo;
- Recriar de novo a “Boulevard”;
- Implementar uma rede de ciclovia em continuidade com a pensada para a cidade;
- Aumentar a área verde plantada através da redução do número de faixas viárias atualmente sobredimensionado;
- Melhorar, aumentar e tornar mais seguro as ligações pedonais aos equipamentos de transportes públicos (Estação de comboios e interface com autocarros e elétricos).