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O palácio do Vimioso em Évora, edifício notável do século xvi, residência do bispo D. Afonso de Portugal (1485–1522) e de seus descendentes, os condes de Vimioso, foi alvo de grandes alterações ao longo dos tempos, nomeadamente as demolições do século xix ou as intervenções realizadas no final do século xx, adaptando-o a um novo programa, o de uma universidade.
Na ala poente do palácio, antiga cocheira e cavalariças, instalam- se agora os espaços do Departamento de Arqueologia e do Centro Interactivo de Arqueologia, desenhando-se uma nova ‘página’ neste ‘palimpsesto’ de cal e pedra com mais de cinco séculos de existência.
A intervenção procurou revelar as suas qualidades espaciais através da releitura do conjunto arquitectónico, reabilitando, substituindo ou redesenhando os seus elementos: as abóbadas e os vãos de arco perfeito, dissimulados pela adição de novos elementos ao longo dos anos, voltam a definir e organizar os espaços, agora dotados de novos equipamentos e mobiliário desenhados em função das suas particularidades; a nova cobertura que volta a ter uma estrutura em madeira; ou o pavimento contínuo, em marmorite, que unifica os dois pisos. 
O programa organiza-se de forma clara e funcional adequando-se à especi cidade dos espaços. Um núcleo de serviços, criado no topo norte, acolhe os acessos verticais e as instalações sanitárias.
O Centro Interactivo de Arqueologia é localizado na antiga cocheira, lugar privilegiado na relação com o pátio principal do palácio.