12-17,

POVERA

Povera foi concebido para assinalar o 10.º aniversário do Teatro Azul. Uma estrutura em madeira que humildemente expõe a sua condição artesanal e preserva a essência enquanto estrutura espacial. O espaço é concebido a partir da repetição de um módulo individual, frágil, que necessita dos restantes para gradualmente se ir convertendo estável. Os pontos que simbolicamente assinalam o momento de entrada, através de elementos construtivos e estaticamente resistentes, um pilar e uma viga, adquirem um carácter quase gurativo devido à forma e à tonalidade. A estabilidade do conjunto apenas é alcançada quando todos os elementos se unem e simultaneamente definem o espaço. Recuperando a ideia de centralidade presente em algumas representações medievais, Povera remete também para o an teatro romano, inicialmente concebido a partir da sobreposição formal dos teatros clássicos. Situado entre o Teatro Municipal Joaquim Benite e o Fórum Romeu Correia, este anfiteatro efémero resgata alguns dos padrões espaciais desta tipologia, no entanto é propositiva quanto à sua democratização: o palco e a plateia são um e o mesmo espaço, não há focos de ação pré-definidos. O público vive a condição de ator, participa de modo ativo. O ator vive a condição de espectador, observa e analisa a ação. É parte integrante. A ação constrói-se ali mesmo, numa área definida, mas não encerrada, permeável. Apontam-se premissas e sugerem-se ações. Gonçalo M. Tavares fala-nos da construção de situações em dois tipos: os movimentos recetores da existência e os movimentos emissores da existência. Nesta simbiose entre o espaço arquitetónico e a peça de teatro, o público é convidado a assistir à ação e a ser parte integrante. Torna-se receptor e emissor de movimentos de existência dentro do palco, que afinal é a própria vida, uma rotina, um ritual, o quotidiano. Para confirmar as palavras de Aldo Rossi de que “o Teatro é lugar onde acaba a Arquitetura e começa o mundo da imaginação e do insensato”.
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  • POVERA / Performance
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  • Alçado
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  • Axonometria
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POVERA 

Diana Quintela  

POVERA  

Diana Quintela  

POVERA 

Diana Quintela 

POVERA  

Diana Quintela  

POVERA / Performance  

Diana Quintela  

POVERA / Performance  

Diana Quintela  

POVERA / Performance  

Diana Quintela  

Planta  

Atelier JQTS  

Alçado  

Atelier JQTS  

Alçado  

Atelier JQTS 

Axonometria 

Atelier JQTS 

Detalhe construtivo  

Atelier JQTS  

Detalhe construtivo  

Atelier JQTS  

Detalhe construtivo  

Atelier JQTS  

Autores
Atelier JQTS

Colaboradores
Alexandre Sequeira, Ana Carvalho, Eduardo Bote, Francisca Guimarães, João Carlos Lopes, João Pedro Faria, Pedro Grilo

Performance
Luis Amália Rodrigues Carnero

Parceria
Una Fundazione

Especialidades
Estabilidade: Daniel Maio

Promotor da obra
Companhia de Teatro de Almada

Tipo de encomenda
Adjudicação direta

Data
2014-2015

Local
Almada